Relicário para repousar a memória de uma fronteira
Ano 2016
Materiais Madeira de freixo, contraplacado e acrílico
Dimensões 110X150X30 cm
Local
A vida de um freixo desenvolvida na margem de um ribeiro testemunho e registo de ancestral separação de terrenos, termina, provavelmente para ceder o lugar à força de abertura de outros caminhos, outros interesses, colhida e transportada do seu habitat natural para uma qualquer serração.
A memória mantem-se visível pelas rugas do crescimento ou vestígios de contactos e pela forte presença na oficina, impondo processos, indicando trilhos que o escultor percorre, na vontade de dominar agora a massa só aparentemente inerte.
O recurso também a matéria transformada industrialmente acentua a morte da árvore e revela a ortogonalidade do processo.
A geometria secreta das coisas orgânicas e a organização sistemática da máquina revelam a dialética patente na montagem.