Natureza Adormecida
Relicário para repousar a memória de uma fronteira
Em cima da mesa deixei os apontamentos de uma viagem ao ocidente Alentejano
Os esboços que cresciam pelo pavimento não permaneceram em standby
Voyer de Oliveira
Mesa flor
Por cada árvore interrompida o nascimento da floresta
Fruto
Então, para quebrar a tradição e discutir o sexo dos anjos, fomos reunir num picnic à beira mar
Rebusco sempre na memória o significante que transporta as coisas que finalmente guardamos I
Rebusco sempre na memória o significante que transporta as coisas que finalmente guardamos II
Os frutos abrem maduros e permanecem abandonados na mesa a meio do corredor
Em cima da mesa deixei crescer o pavimento e então fiz um picnic
Na planura elevam-se, adormecidos, dois silêncios brancos e novamente encontro o Alentejo
Agora parece encontrar-se, por entre, os limos, o fim da letargia
Da minha Janela posso ver todas as paisagens
Numa colgadura desenhamos todos os pavimentos e por eles fazemos passar a nossa natureza adormecida
Os esboços crescem pelo pavimento e permanecem em standby I
Os esboços crescem pelo pavimento e permanecem em standby II
A vegetação imprime na toalha um bosque de prazer e realiza o banquete
A meio de um desenho colhi um fruto e ao abri-lo montei uma natureza adormecida
Natureza Morta
Germinação
S/Título
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